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Pedal x disfunção erétil: mito ou verdade ?

As bicicletas têm se tornado cada vez mais populares entre os que desejam manter a forma física ou que buscam mais saúde.  Junto com elas cresceram também as dúvidas e incertezas sobre a prática regular do ciclismo e a ocorrência de disfunção erétil, dores e/ou dormência na região do períneo (região que fica entre o pênis e o ânus).
 
Andar de bicicleta traz os benefícios de uma atividade aeróbica. Ajuda na perda de calorias (e no controle do peso), ajuda a controlar a pressão arterial e os níveis de glicose e colesterol no sangue e, por isso, contribui para manter a saúde sexual do homem.
 
Acontece que, dependendo da intensidade com que se pratica o ciclismo (número de horas semanais), dependendo do tipo de selim e da posição do corpo ao pedalar pode haver uma compressão da região do períneo. Nesta região passa um nervo chamado pudendo, importante para a sensibilidade do pênis, além de artérias que levam sangue para o pênis.
 
Uma pesquisa recente, publicada este ano no Journal of Sexual Medicine envolveu 1635 ciclistas. 58% deles tinham mais de 50 anos. Os ciclistas foram divididos em 3 categorias de acordo o número de horas de prática semanal. Até 6 horas por semana, baixa intensidade, de 6 a 8 horas, média intensidade, mais de 8 horas, alta intensidade. Disfunção erétil, dor genital e dormência foram referidos por 22%, 30% e 57% dos ciclistas, respectivamente. Não houve associação entre a intensidade do ciclismo e a ocorrência de disfunção erétil. Entretanto, a disfunção erétil foi mais prevalente entre os homens que apresentavam dor ou dormência no períneo, especialmente quando estes sintomas apareciam nas primeiras horas após o ciclismo.
 
Uma dica para continuar usando a bike sem riscos de afetar a potência é pedalar em pé parte do tempo total de atividade (pelo menos 20%), movimentar-se sobre o selim quando está sentado nele, alternando o apoio na parte da frente, de trás e nas laterais do quadril e ajustar a altura do banco corretamente: sua perna deve ficar quase estendida quando o pedal está na posição mais baixa. Desse modo, você não pressiona tanto o períneo contra o selim ao andar na magrela.