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Ondas de Choque e Disfunção Erétil

A prevalência de disfunção erétil deverá aumentar ao longo do mundo, com algumas estimativas prevendo que 322 milhões de homens serão afetados globalmente até 2025, um aumento de 111% em relação a 1995.
 
Embora existam muitas opções terapêuticas disponíveis para homens com disfunção erétil, aproximadamente 30% deles não respondem aos medicamentos do tipo sildenafil, tadalafil e vardenafil e, para muitos outros, esses medicamentos causam efeitos colaterais importantes.
  
Como resultado, o uso dos vasodilatadores penianos tem uma taxa de descontinuação de aproximadamente 4% ao mês e quase 50% após um ano.
 
Na falha do tratamento oral, o próximo passo no manejo deste paciente consiste nas injeções de medicamentos no pênis ou prótese peniana.
  
É exatamente neste momento que as ondas de choque podem ser importantes. 
 
Ondas de choque são uma forma de energia acústica que têm efeitos mecanicamente disruptivos, estimulando a vascularização peniana e a regeneração do tecido cavernoso do pênis.
 
Com isso, há um declínio nas respostas ao estresse celular e à inflamação no tecido peniano, o que pode contribuir para aumento do fluxo sanguíneo e relaxamento da musculatura lisa cavernosa.
 
Desde que as ondas de choque foram introduzidas, em 2010, vários estudos controlados e randomizados mostraram a eficácia deste tratamento.
 
Mas não é qualquer dispositivo que, aplicado ao pênis, que pode gerar estas ondas de choque. As ondas de choque acústicas radiais, por exemplo, geram pressões máximas que são aproximadamente 100 vezes menor  e têm durações de pulso que são cerca de 1000 vezes maiores que as verdadeiras ondas de choque. Exatamente por isso, os efeitos biológicos após o tratamento com estes dois tipos de ondas acústicas é totalmente diferente.
 
Por causa das diferenças entre esses tipos de ondas acústicas,
a terapia por ondas radiais é classificada como um dispositivo FDA Classe I e não requer supervisão médica, enquanto o tratamento com ondas de choque é um dispositivo de classe II, exigindo supervisão médica.
 
O tratamento com ondas de choque é considerado seguro e sem efeitos adversos significativos.
 
Eu tenho utilizado na minha prática desde 2018 e considero uma excelente alternativa para homens com disfunção erétil e com Doença de Peyronie.